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Eu Choro

  • Foto do escritor: Pricilla Maria
    Pricilla Maria
  • 1 de nov. de 2019
  • 1 min de leitura

Quando as coisas não cabem em mim,

Eu choro.


Compulsiva,

ou timidamente.

Soluçando,

ou dançando.


De todas as formas eu choro.

Quando dói e quando queima,

Quando esvazia e quando preenche.

Também quando me estraçalha,

E quando o axé me ascende.


Difícil segurar a pororoca de emoções,

esse quebra-mar que quebra torto

e que faz o rio no meu peito

vazar pela beirada do olho.


Por isso não posso te amar sem chorar.

Porque te amo mais do que posso aguentar.

Tua doçura

que me atravessa,

e a perfeição no teu cuidar de mim

como cuida meu povo que me cerca,

me mostra que nosso pra sempre

não cabe nem na infinitude das palavras de um poeta.


Por isso, não me culpes por chorar

Não é de tristeza que água salgada me escapa do olho

É que passei tanto tempo por aí,

Vagando, sem um peito para abrigadoiro

Que meu coração se embebeda na doçura,

(no meio do vasto mar salgado do mundo)

Naquilo que tu chamas de coração

E eu chamo de porto.

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